
A nova desembargadora foi promovida pelo critério de merecimento, em sessão do Tribunal Pleno (Foto: Ellen Abuquerque)
Texto: Guilherme Henri
O defensor público-geral, Pedro Paulo Gasparini, participou da cerimônia de posse da magistrada Sandra Regina da Silva Ribeiro Artioli como desembargadora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).
A cerimônia foi realizada na manhã dessa quarta-feira (5), no gabinete da Presidência do Tribunal.
O defensor-geral, Pedro Paulo Gasparini, destacou a relevância da magistrada para o fortalecimento do sistema de Justiça e a importância do diálogo institucional entre os órgãos.
“A Defensoria Pública saúda a chegada da desembargadora Sandra Artioli ao Tribunal de Justiça e se coloca à disposição para um diálogo constante. Sua atuação sempre pautada pelo equilíbrio, pela sensibilidade e busca da conciliação representa valores que também orientam o trabalho defensorial”, afirmou o defensor-geral.
O ato solene contou com a presença de autoridades do sistema de Justiça, familiares e amigos da magistrada. A nova desembargadora foi promovida pelo critério de merecimento, em sessão do Tribunal Pleno realizada no dia anterior (4).
Com 33 anos de atuação no Judiciário sul-mato-grossense, Sandra Artioli destacou em seu discurso o compromisso com a conciliação como caminho essencial para a pacificação social.
“Buscarei sempre compreender as nuances dos conflitos humanos e promover o diálogo como o caminho mais justo e eficaz para a solução das lides”, afirmou a desembargadora.
A magistrada também ressaltou a importância da Resolução nº 609/2024 do TJMS, que regulamenta a política de equidade de gênero no acesso aos tribunais de segundo grau, em consonância com a Resolução nº 507/2023 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo ela, a medida corrige uma “disparidade histórica” e amplia a representatividade feminina em espaços de decisão.
Trajetória
Natural de Cáceres (MT), Sandra Artioli iniciou sua carreira no TJMS em 1986 como servidora. Em 1992, tomou posse como juíza, sendo a primeira mulher titular da comarca de Costa Rica. Atuou também em Miranda e, em 2001, assumiu a 5ª Vara do Juizado Especial de Campo Grande, instalada na UCDB, onde também foi professora. Em 2018, acompanhou a transferência da vara para o Centro Integrado de Justiça (Cijus), que dirigiu por quatro anos.
Com reconhecida atuação nas Turmas Recursais e no Conselho de Supervisão dos Juizados Especiais, foi juíza-membro do TRE-MS e dirigiu a Escola Judiciária Eleitoral, além de presidir as Comissões de Acessibilidade e Inclusão e de Enfrentamento ao Assédio Sexual e Moral. Desde outubro de 2024, atuava como juíza convocada junto aos órgãos julgadores do TJMS.

