Aldeias Bororó e Jaguapiru foram visitadas pelo Núcleo de Promoção e Defesa dos Povos Indígenas
“Irmos aos territórios é reconhecer e contemplar a singularidade de cada comunidade”, resume Ligiane Motoki, coordenadora do Nupiir (crédito da foto: Defensoria de MS)
Texto: Matheus Teixeira
A população indígena que mora nas aldeias Bororó e Jaguapiru, em Dourados, recebeu o Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Povos Indígenas e da Igualdade Racial e Étnica (Nupiir) da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul. Em dois dias, foram prestados 164 atendimentos gratuitos aos moradores.
Resumo da notícia feito com Inteligência Artificial (IA), editado por humano: A Defensoria Pública de MS realizou 164 atendimentos em aldeias indígenas de Dourados. A ação, com a Van dos Direitos, reforça o acesso à Justiça e promove o diálogo intercultural com comunidades em situação de hipervulnerabilidade.
No mutirão itinerante, em 7 e 8 de outubro, houve diversos atendimentos jurídicos, solicitações de segundas vias de documentos civis, entregas de documentos, agendamentos, orientações e encaminhamentos.
A defensora pública Ligiane Cristina Motoki, coordenadora do Nupiir, diz que “a iniciativa se insere no contexto de fortalecimento da atuação da Defensoria em territórios de difícil acesso, promovendo o acesso à Justiça e aos direitos fundamentais, especialmente para comunidades em condição de hipervulnerabilidade socioeconômica”.
A ida às aldeias foi possível por meio da Van dos Direitos, um projeto da Defensoria de MS que existe desde 2021. “A presença da unidade móvel é determinante para que os serviços sejam prestados de forma adequada, acessível e eficaz à população indígena”, descreve a coordenadora do Nupiir.
Equipe da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul na Aldeia Bororó (crédito da foto: Defensoria de MS)
Ao encontro disso, Leonardo Guedes Barcellos, antropólogo do Nupiir, entende que é fundamental que a Defensoria continue sendo ativa “para promover mais efetivamente direitos e garantias fundamentais”. Isso porque ele percebe que o contexto dos indígenas muitas vezes impede que acessem serviços públicos, “por isso as instituições devem buscá-los, visando à construção da dignidade”.
E ainda que muitos mutirões sejam realizados rotineiramente pela Defensoria, esse, em especial, vai além: promove diálogos interculturais. “Ouvimos as pessoas das aldeias para garantir aproximação das comunidades indígenas com a Defensoria, criando laços de confiança, que refletem na melhor qualidade e humanização de atendimentos com os povos indígenas”, finaliza Motoki.
Aldeia Jaguapiru recebe atendimentos da Defensoria por meio de Van dos Direitos (crédito da foto: Defensoria de MS)