Defensoria reaproxima adolescente com autismo de professora de apoio

Vínculo havia sido rompido por prefeitura de Chapadão após 9 anos de acompanhamento do aluno

PresoInjustamente 05 06

Confiança e vínculo forte entre Juliana e Dhonata contribuem para desenvolvimentos emocional, educacional e social do garoto (crédito da foto: Acervo pessoal)


Texto: Matheus Teixeira

O adolescente Dhonata Silva Nascimento, 14, de Chapadão do Sul, conseguiu voltar a ter acompanhamento de uma professora de apoio pedagógico da educação especial que o assistia havia nove anos. O vínculo entre eles havia sido rompido por parte da Secretaria Municipal de Educação e Cultura e foi restabelecido após pedido da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul.

Resumo da notícia feito com Inteligência Artificial (IA), editado por humano: A Defensoria Pública de MS garantiu o retorno de uma professora de apoio a um adolescente com autismo em Chapadão do Sul. Vínculo havia sido rompido pela Secretaria de Educação, mas foi restabelecido após atuação da defensora Janaina Schechter.

 

O garoto, estudante da Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade, tem transtorno do espectro autista e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade. “Pessoas com transtorno do espectro autista enfrentam barreiras significativas na socialização e na comunicação. Assim, a interrupção do vínculo com a profissional acarretaria prejuízos diretos ao seu desenvolvimento global”, argumenta Janaina Gabriela Pereira Schechter, defensora titular da 2ª Defensoria de Chapadão do Sul e coordenadora desta regional.

Antes de ajuizar a ação contra a prefeitura de Chapadão, Claudilene Ferreira da Silva, mãe do menino, tentou resolver o caso administrativamente, mas teve o pedido negado por parte da pasta de Educação. E é justamente a secretaria que reconhece, conforme provas no processo, que ele teve “desempenho pedagógico satisfatório durante o período em que foi acompanhado pela professora Juliana Alves de Souza”. Entretanto, “em 2025, com o desligamento da referida profissional, o assistido apresentou significativa regressão em seu estado psicológico, conforme consta em laudo”, acrescenta a defensora. Embora não tenha ficado desamparado no período sem Juliana Souza, Dhonata não se adaptou às substitutas.

Apesar da existência de um processo judicial em andamento, a prefeitura reconheceu o equívoco mesmo antes de uma sentença ser proferida e voltou a disponibilizar a professora que o acompanhava havia nove anos. Ainda assim, eles chegaram a ficar quase um semestre inteiro separados. Com a resolução extrajudicial, o processo foi extinto. Para Schechter, “a demanda não se limitava ao direito de acesso à educação, mas também envolvia a proteção ao bem-estar emocional de um adolescente com deficiência”.

Claudilene Silva está muito contente com a reaproximação da professora. “Agradeço demais à Defensoria por ter me ajudado nesse caso. Eu já estava sem para onde ‘correr’, sem ninguém para me ajudar. Muito obrigada", depõe.

Defensoria Pública-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul

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