Defensoria participa de fórum nacional sobre audiências de custódia

 

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Texto: Guilherme Henri

A Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul participou do I Fórum da Observa Custódia – Audiências de Custódia e Direitos Humanos: estruturas judiciais, salvaguardas individuais e dados sobre justiça criminal, realizado em Brasília (DF), nos dias 21 e 22.  

Resumo da notícia feito com Inteligência Artificial (IA), editado por humano: A Defensoria Pública de MS ajudou a libertar um homem preso injustamente no lugar do irmão, que usou sua identidade ao ser detido por furto. Após 26 dias de prisão, a troca deles foi confirmada por exame de digitais, e a Justiça ordenou a soltura.

 A instituição foi representada pela coordenadora do Núcleo Criminal (Nucrim), defensora pública Francianny Cristine da Silva Santos, e pelo coordenador do Núcleo do Sistema Penitenciário (Nuspen), defensor público Mauricio Augusto Barbosa.

O encontro reuniu defensoras e defensores públicos de todo o país, além de pesquisadores, pesquisadoras e representantes de entidades da sociedade civil, com o objetivo de debater os avanços, desafios e perspectivas dos 10 anos de implementação das audiências de custódia no Brasil.

O defensor público Mauricio Augusto Barbosa ressaltou a relevância da participação da Defensoria no fórum.

“Estar presente neste espaço nacional de debates é essencial para compartilharmos experiências e construirmos soluções conjuntas. A Defensoria de Mato Grosso do Sul reafirma, assim, seu compromisso de zelar pelos direitos fundamentais, especialmente daqueles em situação de vulnerabilidade no sistema de justiça criminal”, pontuou.

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Coordenadora do Nucrim, defensora Francianny Santos e coordenador do Nuspen, defensor Mauricio Barbosa. (Foto: DPMS)

Pesquisa de MS

Na manhã de quinta-feira (21), a defensora pública Francianny Santos participou do painel “Pesquisando e gerando dados sobre as audiências de custódia”, em que apresentou pesquisa desenvolvida pelo Nucrim sobre a implementação do instituto no interior de Mato Grosso do Sul.

“O levantamento, elaborado a partir de formulário respondido por defensoras e defensores que atuam na área criminal em praticamente todas as comarcas do estado, trouxe dados relevantes sobre a efetividade da Resolução nº 213/2015 do CNJ. A norma regulamenta a apresentação da pessoa presa em até 24 horas ao juiz, garantindo ainda atendimento jurídico, apoio psicossocial e realização de exame de corpo de delito”, detalhou a coordenadora.

De acordo com os resultados, houve avanços significativos na consolidação das audiências, com a maioria das comarcas cumprindo os prazos legais e coletando informações essenciais para a defesa técnica. Por outro lado, também foram constatadas fragilidades estruturais, como a ausência de atendimento multidisciplinar em muitas localidades e dificuldades relacionadas à infraestrutura adequada.

Além disso, a defensora pública Francianny Santos destacou a importância da pesquisa.

“Nosso objetivo foi compreender a realidade do interior, onde nem sempre as estruturas estão plenamente consolidadas. Os dados revelam progressos relevantes, mas também mostram que ainda precisamos avançar para que o direito das pessoas privadas de liberdade seja garantido em sua integralidade”.

Defensoria Pública-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul

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