Representantes da rede de enfrentamento às violências contra as mulheres mostram panfletos da campanha “Você Merece um Amor Leve” (crédito da foto: Matheus Teixeira)
Texto: Matheus Teixeira
União pelas mulheres! A Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul, a Prefeitura de Campo Grande, o Tribunal de Justiça e o Ministério Público estão em tratativas avançadas para criar um projeto que levará informações à sociedade campo-grandense, durante os encontros do Bolsa Família, sobre os direitos das mulheres e as formas de prevenção à violência doméstica.
Resumo da notícia feito com Inteligência Artificial (IA), editado por humano: A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, a Prefeitura de Campo Grande, o Tribunal de Justiça e o Ministério Público desenvolvem um projeto para levar à sociedade informações sobre os direitos das mulheres e prevenção à violência doméstica.
No dia 9, na prefeitura, os órgãos se reuniram com a prefeita, Adriane Lopes. O defensor Mateus Augusto Sutana e Silva, assessor para assuntos institucionais, representou o defensor público-geral, Pedro Paulo Gasparini. Esteve com a defensora Edmeiry Silara Broch Festi, coordenadora em exercício do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (Nudem), supervisora da Unidade Afonso Pena e da Casa da Mulher Brasileira (CMB), e a defensora Taís Soares Vieira Ferretti, que atua na CMB.
“Reconheço a relevância dessa iniciativa, que fortalece uma atuação já desenvolvida pelo Nudem. Desde a sua criação [em 2014], o núcleo tem mantido uma parceria constante com a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, promovendo palestras regulares voltadas às mulheres beneficiárias do Bolsa Família. Apenas em março deste ano, realizamos dois encontros com ampla participação, demonstrando o interesse e a necessidade de ações continuadas de empoderamento e informação”, expõe Festi.
Segundo o que foi tratado pela equipe interinstitucional, os futuros trabalhos pretendem orientar a sociedade toda sobre o que é o ciclo de violência e quais são os caminhos para quebrá-lo. Inclusive, diferentemente do que o senso comum possa estabelecer, violência contra as mulheres não é unicamente a agressão física, porque também existem outros tipos de violência: a psicológica, a moral, a sexual e a financeira/patrimonial.
Também estiveram presentes na reunião e integram o grupo de trabalho: Camilla Nascimento de Oliveira, vice-prefeita de Campo Grande; Lucas Henrique Bitencourt de Souza, secretário municipal de Educação; Maria Lúcia de Fátima de Oliveira, secretária-adjunta municipal de Educação; Maria Angélica Fontanari de Carvalho e Silva, secretária-executiva municipal da Mulher; Clarissa Carlotto Torres, promotora de Justiça coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Nevid); Lívia Carla Guadanhim Bariani, promotora de Justiça do Núcleo de Apoio às Vítimas de Crimes e Atos Infracionais Violentos (Navit) e coordenadora-adjunta do Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (Nojúri); Renata Ruth Fernandes Goya Marinho, promotora de Justiça do Navit e coordenadora do Núcleo Criminal (Nucrim); e Penélope Mota Calarge Regasso, juíza de Direito.
Um grande problema a ser enfrentado – O feminicídio é um dos grandes problemas de Mato Grosso do Sul. De acordo com dados do Laboratório de Estudos de Feminicídios (Lesfem) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), MS é o Estado brasileiro que, proporcionalmente, mais mata mulheres.