Presidente do TJMS, desembargador Sérgio Fernandes Martins, durante lançamento do projeto.
Texto: Vitor Ilis
A Defensoria Pública do Estado participou da reunião de lançamento do projeto 'Recomeçar', na manhã da última sexta-feira (27), no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
A iniciativa, idealizada pela Fundação Instituto para Desenvolvimento do Ensino e Ação Humanitária da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (IDEAH/SBCP), pretende realizar cirurgias reparadoras em mulheres vítimas de violência doméstica.
Evento foi realizado na sala de reuniões 'Pantanal' no TJMS.
A coordenadora do Núcleo de Defesa das Mulheres (Nudem), defensora pública de segunda instância, Zeliana Luzia Delarissa Sabala, representou o defensor público-geral, Pedro Paulo Gasparini, e destacou a importância da proposta conjunta, que oferece um tratamento humanitário e especializado.
“Precisamos realmente ouvir essa mulher, entender sua necessidade e orientar qual é a melhor alternativa. Não é porque estamos encaminhando para um projeto de cirurgia plástica que todas vão sair daqui com uma cirurgia, podem ser outros procedimentos menos invasivos, outras situações”, explicou a coordenadora do Nudem.
Coordenadora do Nudem, defensora pública de 2ª instância, Zeliana Sabala.
O projeto oferecerá atendimentos ambulatoriais para cirurgias plásticas reparadoras em vítimas de violência doméstica e familiar, que abrange mulheres, crianças e adolescentes. A Coordenadoria da Mulher já entrevistou as participantes, que passarão por consulta na Coordenadoria de Saúde do TJMS e avaliação da viabilidade cirúrgica.
Conforme a Fundação Instituto para Desenvolvimento do Ensino e Ação Humanitária da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (IDEAH/SBCP), o serviço contará com médicos cirurgiões plásticos voluntários. Desde 2012, o projeto, em sintonia com as orientações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), já realizou mais de 7.500 cirurgias reparadoras.
Conforme a coordenadora, a vítima precisa saber que está inserida em uma rede de proteção que oferece esse atendimento.
“Ela chega em um momento de muita vulnerabilidade. Fisicamente, sofreu violência e, eventualmente, necessita de uma cirurgia reparadora. Está destruída emocionalmente, então também é muito importante esse trabalho em rede”, ressaltou Zeliana.