Texto: Guilherme Henri
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul realizou uma reunião técnica com a presidência da Câmara de Vereadores de Campo Grande. O encontro aconteceu na manhã de segunda-feira (29), na Casa de Leis.
A coordenadora do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh), defensora pública Thaisa Raquel Medeiros de Albuquerque Defante, acompanhada da presidente da associação Águia Morena, Edna Araújo e uma representante da Aborda, Bia Almeidinha, entregaram nas mãos do presidente da Câmara, vereador Carlão, a carta contendo as reivindicações das pessoas em situação de rua durante o primeiro encontro do Pop Rua.
“Impossível fazer políticas públicas que sejam de fato efetivas sem antes consultar o público alvo. Essa, inclusive, era a grande carência quando o assunto é as pessoas em situação de rua, pois nunca eram ouvidas sobre quais suas reais necessidades. O encontro promovido pela Defensoria e parceiros proporcionou uma escuta qualificada que deu origem essa carta que hoje aqui entregamos a Casa de Leis. O objetivo é que ela seja o ‘pontapé’ para futuras iniciativas e projetos de leis”, detalhou a coordenadora.
Participou ainda da entrega do documento, a assessora legislativa da Defensoria, Katia Motti.
Encontro
Entre os dias 15 e 16 deste mês, a Defensoria realizou um evento voltado as pessoas em situação de rua: o 1º Encontro de Formação de Coletivo, que identificou possíveis lideranças e instituiu o Fórum POP RUA de MS.
Nos dias, foram realizadas palestras, seminários, debates, escuta qualificada e o mais importante, a Carta da População de Rua de Campo Grande.
O material apresentou as preocupações, propostas de qualificação e ampliação dos serviços existentes, o fortalecimento da luta das organizações sociais e a falta de transparência orçamentária.
Entre os registros, estão: “a ausência de políticas públicas de trabalho e habitação”; “a inexistência de uma política pública municipal de atenção ao migrante”; a “falta de capacitação e sensibilização dos agentes de segurança pública que atuam diretamente com a população de rua”; e as “dificuldades para acessar os serviços de saúde tanto nas Estratégias de Saúde da Família (ESF) quanto na saúde mental”.
Confira aqui a carta na íntegra.