Servidora Jordana Dutra durante atendimento. (Foto: Guilherme Henri)
Texto: Guilherme Henri
Além do atendimento móvel com a Van dos Direitos, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul realizou busca ativa aos moradores da localidade para levar o efetivo acesso à Justiça a todas e todos que não conseguiram comparecer na ação organizada pela Justiça Federal na aldeia Jaguapiru, em Dourados.
Por meio do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Povos Indígenas e da Igualdade Étnica Racial (Nupiir), Leandro Félix Gonçalves, 78 anos, vai legalmente existir.
Indígena Leandro Félix Gonçalves, 78 anos. (Foto: Guilherme Henri)
O assistido indígena nasceu em uma fazenda na região da aldeia Juaguapiru, contudo, nunca foi registrado.
Por sérias sequelas devido à tuberculose, o assistido não conseguiu comparecer ao mutirão para receber atendimento. Ciente da situação, a Defensoria foi até o assistido.
Ele relatou que a necessidade do seu registro se tornou extremamente necessária quando foi tratar a doença.
“Graças aos parentes eu consegui receber atendimento e doações para sobreviver. Foi, então, que eles chamaram a Defensoria e eu recebi atendimento na casa que moro para então ser registrado”, disse.
Todos os dados necessários, para judicializar o pedido de registro dele, foram colhidos pela servidora Jordana Dutra.
Mulheres
Durante o evento, a Defensoria, por meio do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem), também realiza busca ativa visando encontrar mulheres que estão em situação de violência de gênero.
Segundo a coordenadora do núcleo, defensora pública de Segunda Instância Zeliana Luzia Delarissa Sabala, o trabalho está sendo feito pela equipe multidisciplinar do Nudem composta pela psicóloga, Keila de Oliveira Antonio, e a assistente social, Elaine França.
“Já no primeiro dia encontramos e atendemos duas mulheres que estavam em situação de violência doméstica. Após um trabalho de acolhimento e orientação, as medidas judiciais cabíveis foram tomadas pela Defensoria, como a solicitação de medida protetiva”, diz a coordenadora.
Psicóloga do Nudem, Keila de Oliveira Antonio, e a assistente social do Nudem, Elaine França. (Foto: Guilherme Henri)
Ação
O mutirão acontece até a sexta-feira (9), na aldeia Jaguapiru, em Dourados. A força-tarefa, composta por mais de 200 pessoas, presta serviços de Justiça e cidadania aos 25 mil residentes da região, na Escola Estadual Indígena Intercultural Guateka Marçal de Souza.
A Aldeia Jaguapiru está localizada a sete quilômetros de Dourados e possui aproximadamente 13 mil indígenas. A Aldeia Bororó fica a dez quilômetros do município e tem população estimada em 12 mil indígenas. Panambizinho, a 25 quilômetros da cidade, é composta por 600 pessoas.