Texto: Danielle Valentim
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul participou de audiência pública na Assembleia Legislativa para debater os dados alarmantes e impactos da imprudência no trânsito. O debate em conjunto com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS) aconteceu em alusão à Semana Nacional do Trânsito.
O defensor público-geral, Pedro Paulo Gasparini, foi representado pelo coordenador do Núcleo Criminal (Nucrim), defensor público Daniel Calemes, que foi recebido pelo deputado Junior Mochi, que propôs o debate, considerando ser integrante da Frente Parlamentar de Infraestrutura, Logística e Transporte do Legislativo Estadual.
“A maior parte das mortes no trânsito ocorrem pelo uso de bebida alcoólica, alta velocidade, falta de atenção e uso de aparelho de celular. Quando se une esforços é possível pensar em políticas para a redução desses casos”, frisou o coordenador do Nucrim.
Mato Grosso do Sul tem o quinto maior índice de morte em acidente de trânsito a cada 100 mil habitantes por embriaguez, e a terceira maior taxa do país por embriaguez nos casos de feridos pelo trânsito. O índice é alarmante por várias razões. Só no último fim de semana a Defensoria Pública de MS recebeu um relatório do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Campo Grande do período de 15/09 a 17/09, na qual estão registrados 71 acidentes em três dias só na Capital. Desses acidentes, 28 envolveram carros e motos.
Os dados fornecidos pela Polícia de Trânsito Mato Grosso do Sul também são preocupantes: em 2022 foram 4.103 acidentes com vítimas feridas e 76 com vítimas fatais. Desse total, 3096, ou seja, 75%, envolvendo motocicletas.
Participaram representantes de órgãos e agências municipais de trânsito, do Poder Judiciário, dos poderes legislativos municipais, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária.