Defensor Bruno Louzada, na primeira fileira de camiseta amarela, durante videocoferência.
Texto: Danielle Valentim
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul se reuniu com a Pastoral Carcerária, no último mês de maio, com o objetivo de firmar parceria na qualificação de voluntários para trabalhos no presídio de Paranaíba, cidade a 411 km de Campo Grande.
“Estive preso e vieste me visitar”. É com esse lema que a Pastoral Carcerária (PCr), ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), age junto às pessoas presas e suas famílias.
O defensor público Bruno Augusto de Resende Louzada explica que 'doar' a presença em visitas, lutar pelo fim da política de encarceramento em massa e superar a justiça retributiva por meio da justiça restaurativa são alguns dos objetivos do trabalho da pastoral. “É um trabalho realizado de forma voluntária. Todas as pessoas passam por uma qualificação de como proceder e depois executam o trabalho dentro do presídio. Tivemos uma primeira exposição do trabalho, no formato virtual, e como representante da Defensoria, não atuo pela Pastoral, mas entre o debate da Instituição e a Agepen”, explica o defensor.
Com o tema “Formação para Assistência Religiosa no Cárcere”, a primeira reunião, que aconteceu no formato virtual, debateu: Objetivo da Assistência Religiosa no Cárcere; Espiritualidade da Pastoral Carcerária (PCr); Realidade Prisional do MS; Rotina nas Unidades Prisionais do MS; Saúde das pessoas encarceradas e voluntário/as da PCrMS; Sobreviventes/Egresso(a)s e Familiares de pessoas encarceradas; Agenda Nacional pelo Desencarceramento; e Legislação e Segurança.
De acordo com o defensor, a próxima reunião deve acontecer de forma presencial em Três Lagoas, tendo em vista, que Paranaíba é vinculada à Diocese do referido município.
Em 2022, a Defensoria de MS em parceria com a Pastoral Carcerária realizou mutirões em três unidades penais do Estado para verificar condições de indígenas encarcerados. Os atendimentos foram realizados no Estabelecimento Penal de Amambai, Penitenciária de Segurança Máxima de Naviraí e Estabelecimento Penal Feminino "Luiz Pereira da Silva", em Jateí.
Assim como a Defensoria, a Pastoral Carcerária também faz parte do Conselho da Comunidade de Campo Grande, que em seu aniversário de 20 anos de atividades, em 2019, homenageou a Defensoria pela contribuição e atuação na reinserção de pessoas privadas de liberdade no mercado de trabalho.