Texto: Danielle Valentim
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, por meio do Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem), promoveu a palestra "A corte interamericana de Direitos Humanos, o STF e as novas epistemologias”.
O tema foi apresentado pela renomada advogada Soraia da Rosa Mendes, que é pós-doutora em Teorias Jurídicas Contemporâneas, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O defensor público-geral, em exercício, Homero Lupo Medeiros, e o defensor público-geral eleito para o biênio 2023-2025, Pedro Paulo Gasparini, abriram o evento realizado na Escola Superior e que teve a mediação da coordenadora do Nudem, defensora pública Thaís Dominato Silva Teixeira.
“É de suma importância que os núcleos institucionais, e o Nudem faz isso de forma exemplar, promovam essa política de educação em direitos. Nada mais importante para a Defensoria que educar a população, e a nossa Escola foi concebida, lá em 2013, justamente com essa finalidade”, frisou o defensor-geral, em exercício, Homero Medeiros.
O defensor público-geral, Pedro Paulo Gasparini, eleito ao cargo para o biênio 2023-2025, reiterou o compromisso da Defensoria na propagação do conhecimento.
“Eu fico muito feliz e honrado de estar à frente dessa instituição que me acolheu há 19 anos e mais feliz, ainda, por recebermos a professora Soraia na nossa Escola Superior. É muito bom tê-la aqui, em nosso Estado, eu tenho e na nossa casa. Tenho certeza que o seu conhecimento será muito rico para todas as pessoas”, pontuou.
A coordenadora do Nudem ressaltou o quanto as obras produzidas pela palestrante contribuem para a emancipação das mulheres no sistema de justiça.
“Em um país onde temos números alarmantes de violência contra a mulheres, como 35 mulheres vítimas de agressão física ou verbal a cada minuto, segundo a pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, há muito ainda o que se fazer, há várias frentes que podemos adotar para o combate a violência contra a mulher. E que bom termos pessoas como a professora Soraia, que produz um conhecimento que enxerga o pluralismo”, pontuou a coordenadora do Nudem.
A palestrante iniciou a fala com destaque ao diálogo e à produção de conteúdo a partir do que se vivencia na prática.
“Produzir uma doutrina para chamar de nossa é uma missão de todas nós. Eu falo com uma certa tranquilidade eu não consigo me enxergar enquanto indivíduo naquilo que escrevo, naquilo que pesquiso, senão como um indivíduo coletivo, senão como um grupo de seres humanos que tiveram as suas vidas sempre colocadas à disposição dos mais diversos poderes, desde os mais invisíveis, que são os que se escondem naquelas violências cotidianas no seio das famílias”, frisou a palestrante.
Confira o evento na íntegra AQUI.