Texto: Carla Gavilan Carvalho
A Defensoria Pública da comarca de Campo Grande registra o atendimento de 41 casos de crianças que perderam o pai ou a mãe durante a pandemia da covid-19.
O levantamento foi realizado a partir dos pedidos de regularização de guarda de crianças órfãs, do período de abril de 2020 a setembro de 2021, pelo Núcleo da Família (Nufam) da Defensoria Pública de MS.
O coordenador do Nufam, defensor Daniel Provenzano, explica que os dados se referem aos registros que citam o coronavírus como a causa da morte do guardião da criança.
Coordenador do Nufam, defensor público Daniel Provenzano.
O defensor esclarece, que os guardiões não se restringem a pais e mães, mas também abrangem avós ou tios que cuidavam das crianças e acabaram falecendo em virtude da doença.
“É bem comum quando a família tem muitos filhos alguns ficarem com a avó, com uma pessoa mais de idade na ausência da mãe ou do pai. Contudo, os idosos tiveram complicações por conta de covid, muitos faleceram e essa guarda teve que ser alterada para um outro familiar”, comenta.
O número de famílias com órfãos, de acordo com o coordenador, pode ser ainda maior, já que há casos de regularização de guarda sem o registro sobre o motivo da morte do guardião. O defensor aponta que geralmente quem fica com a guarda das crianças é o parente mais próximo.
Para famílias que precisam regularizar a guarda, é possível procurar a Defensoria Pública pelo atendimento virtual ou presencial.
Acesse a plataforma online: www.defensoria.ms.def.br