Texto: Guilherme Henri
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul instaurou Procedimento Operacional e Consultivo sobre o caso da transexual que sofreu estupro coletivo em Campo Grande.
Conforme o coordenador do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) e Núcleo de Ações Institucionais e Estratégicas (NAE), defensor público Mateus Augusto Sutana e Silva, o procedimento tem como objetivo obter informações, oitivas, certidões, laudos, relatórios, destinados sobre o caso.
“A Defensoria Pública de MS acompanhará essa triste situação. É inconcebível que na semana do orgulho LGBTQIA+ tenhamos que lidar com tanta intolerância, preconceito e ódio gratuito a essa população. A situação será acompanhada de perto pelo Núcleo de Direitos Humanos da instituição”, afirma o coordenador.
O Caso
Segundo o portal de notícias Campo Grande News, o caso ocorreu no dia 18 de junho. Conforme as divulgações, a vítima foi sequestrada por dois homens, no bairro Vila Sobrinho, e levada para uma residência onde os crimes foram praticados. Posteriormente, a mulher foi abandonada próximo ao Cemitério Santo Amaro.
Inicialmente, uma das linhas de investigação é que se trata de crime de LGBTIfobia, termo utilizado que compreende as violências cometidas contra a população LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgênero), crimes de ódio, praticados contra essa população, motivados pela sua orientação sexual ou identidade de gênero.