(Texto: Guilherme Henri)
A Escola Superior da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul (ESDP) realizou dois eventos virtuais em alusão ao Dia da Consciência Negra, lembrado no dia 20 de novembro.
Os eventos tiveram a coordenação pedagógica do diretor da ESDP, defensor público, Igor César de Manzano Linjardi, e a medição das defensoras públicas Maria Clara de Morais Porfírio e Joanara Hanny Messias Gomes.
No primeiro evento, com o tema "Antirracismo em movimento: consciência, protagonismo e reconhecimento de direitos", a professora e comunicadora Paula Carolina Batista pontuou sobre a responsabilidade de todos em combater o racismo. “Não precisa ser negro para ser antirracista. O início para isso é nos desconstruirmos de que o principal perfil do racista é o agressivo, ignorante ou violento. O racismo é estrutural e está presente em cada espaço de mídia, educação e principalmente no dia a dia”, pontuou.
No segundo encontro, a temática “Empoderamento e protagonismo da mulher negra na luta por seus direitos" foi debatida pelas defensoras públicas Carla Caroline de Oliveira Silva e Isadora Brandão Araújo da Silva, de Sergipe e São Paulo, respectivamente.
“O sistema escravocrata oprimiu e continua a oprimir a população afro-brasileira porque a escravização não acabou, a escravização ganhou apenas uma nova roupagem, novos contornos. Não houve nenhuma política pública de concretização dos direitos da população afro-brasileira após a dita lei áurea. A escravização continuou através de outros mecanismos”, afirma a defensora pública do Estado de Sergipe, Carla Caroline de Oliveira Silva.
Já a defensora pública do Estado de São Paulo, Isadora Brandão Araújo da Silva, pontuou sobre o acervo histórico de luta da população afro-brasileira. “Precisamos reconhecer que existe um apagamento de toda nossa história de luta por direitos a partir do momento que se tem a narrativa de um estado e de uma nação pacífica e cordial”, destaca.
Assista aqui ou aqui os eventos na íntegra.