Texto: Danielle Valentim
Evento realizado pela Defensoria Pública de MS, por meio da Escola Superior da Defensoria Pública (ESDP), debateu “A pobreza extrema como desafio: compreender, decidir, erradicar”.
O defensor público-geral, Fábio Rogério Rombi da Silva, que fez a mediação destacou o quanto o Brasil ainda é um país desigual.
"Houve no passado, um tempo em que se associava pobreza a crescimento econômico e aí alguns diziam que, havendo crescimento econômico, a pobreza seria, naturalmente, erradicada. Isso não se mostrou verdadeiro, porque o Brasil sobre o aspecto do crescimento econômico é um país que alcança patamares até consideráveis na expressão mundial. Entretanto, paralelo a esse grande crescimento, nós percebemos grandes bolsões de pobreza”, pontuou o defensor-geral.
A palestrante Tereza Campello, que é ex-ministra de estado, doutora notória saber em saúde pública pela Fiocruz e pós-doutora em segurança alimentar pela Universidade de Nottingham, na Inglaterra, iniciou a fala apresentando dados expressivos sobre a população pobre.
“A pobreza é um fenômeno muito complexo e envolve um conjunto de privações, inclusive ao do documento civil. O ato de compreender, decidir e erradicar dá ideia de movimento e precisamos agir. Quem são os pobres? Nós podemos colocar a pobreza em vários níveis diferentes, mas em geral você vai acabar olhando um público muito parecido, independente de qual é o tamanho da régua. Mas no Brasil, em torno de 70% dessas pessoas são negras, 60% moram no nordeste e a severidade da pobreza atinge, fundamentalmente, crianças e o meio rural”, iniciou a palestrante.
O diretor da ESDP, defensor público Igor César de Manzano Linjardi, relembrou que durante a cúpula das Nações Unidas sobre o desenvolvimento sustentável em 2015, “representantes de 193 estados membros da ONU reconheceram que a erradicação da pobreza em todas as suas formas, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio global e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável”, pontuou.
Confira aqui o evento completo.