Professor Antônio Hilário Aguilera Urquiza é doutor em Antropologia.
Texto: Danielle Valentim
A Escola Superior da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul (ESDP) realizou live para debater sobre “Povos Indígenas e o contexto da pandemia: perdas e resistências”.
A coordenação pedagógica do evento foi do diretor da ESDP, defensor público Igor César de Manzano Linjardi, e teve como convidado especial, o professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Antônio Hilário Aguilera Urquiza.
“A população indígena é uma das mais vulneráveis com relação ao contágio pelo coronavírus, o que certamente nos leva a refletir sobre as políticas públicas e o tratamento para quem vive de forma diferente do imposto pela sociedade”, pontuou o diretor da ESDP, defensor público, Igor César de Manzano Linjardi.
Na sequência, o professor Antônio Hilário Aguilera Urquiza, que é doutor em Antropologia, iniciou a palestra apontando o nível trágico - social e espiritual -, em que a doença atinge as aldeias.
“A primeira área no Brasil afetada, dentre os povos indígenas, foi o estado amazônico. O contágio começou na zona franca, pela convivência com estrangeiros e operários. Não demorou muito para subir o rio Solimões chegar a Roraima e atingir as fronteiras com Venezuela e, Peru e matar muitos indígenas. Isso só mostra que a Covid-19 não é igual para todos e chega de forma diferente entre os indígenas. Ela escancara as nossas diversidades, até mesmo a espiritual na hora da despedida, em que os índios estão sendo enterrados longe de suas tradições. O risco de genocídio indígena em meio a pandemia existe e com base nisso o MPF emitiu uma série de recomendações a órgãos públicos, ministérios, estados e municípios”, frisou o palestrante.
Confira o evento completo no link.