Defesora Thaís Dominato durante apresentação de dados dos 5 de Casa da Mulher Brasileira.
Por Danielle Valentim
A Casa da Mulher Brasileira completou cinco anos de criação e, em coletiva de imprensa realizada nessa terça-feira (4), as instituições que atuam no local apresentaram dados do trabalho que é referência nacional no enfrentamento e atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica.
A Casa da Mulher Brasileira é um centro humanizado e especializado de atendimento à mulher em situação de violência doméstica. A primeira unidade foi inaugurada em Campo Grande, em 2015, e é considerada modelo do país.
Conforme o Relatório de Fluxos de Atendimentos dos setores integrados da Casa da Mulher Brasileira, no período de 03/02/2015 a 31 dezembro de 2019 a Defensoria Pública de MS realizou 19.142 atendimentos.
Defensora pública Pollyana Souza Vieira (blusa laranja) e defensora pública Thaís Dominato (bluca preta).
A coordenadora do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem), defensora pública Thaís Dominato Silva Teixeira, destacou na solenidade a necessidade de mudança da cultura machista que, segundo ela, é o motivo pelo qual tantas mulheres ainda são assassinadas em Mato Grosso do Sul.
“Iniciamos o mês de março com tristeza e não podemos desconsiderar a urgência de uma mudança cultural. A Lei Maria da Penha é uma referência internacional, mas infelizmente a mudança cultural é lenta e é por isso que, cada vez mais, precisamos de políticas na educação, falando mais de gênero nas escolas para dar fim à cultura machista que continua matando mulheres”, pontuou a coordenadora do Nudem.
Na oportunidade, a defensora pública reiterou a presença do Nudem desde a inauguração da Casa da Mulher Brasileira.
“O Nudem está na Casa desde a inauguração, em 2015, realizando atendimento diário, orientação, manifestação nas medidas protetivas, acompanhamento dos casos nos processos criminais, nas varas de violência e promovendo ações importantíssimas no rompimento do ciclo, como divórcio, guarda e alimentos para os filhos e partilha de bens”, afirmou a defensora pública.