A regularização do fornecimento de água na aldeia Água Bonita, em Campo Grande, reuniu a Comissão de Desenvolvimento Agrário, Assuntos Indígenas e Quilombolas, no último dia 3 de julho, na Assembleia Legislativa.
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, representada pela coordenadora do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa do Consumidor e demais Matérias Cíveis Residuais (Nuccon), defensora pública Jane Inês Dietrich, faz parte da Comissão, que discute o modelo de cobrança que a concessionária Águas Guariroba pretende colocar em prática na aldeia.
Na reunião, a defensora pública pediu esclarecimentos ao representante da empresa responsável pelo fornecimento de água tratada da capital, acerca das condições em que o serviço será implantado, além de um apelo à Comissão para que, com empenho dos entes envolvidos, sejam disponibilizadas caixas d’àguas com encanamento adequado às famílias que atualmente usam água de mangueira improvisada.
A proposição do evento é do deputado João Grandão, membro do grupo de trabalho. Participaram do encontro também o coordenador de projetos sociais da empresa Águas Guariroba, William Carvalho, que enumerou os pontos da proposta da concessionária aos indígenas.
“A comunidade usa hoje água clandestina, sem a rede apropriada, utilizando mangueiras que possibilitam a entrada de terras e contaminação. A nossa proposta é assumir um poço que está desativado e fazer uma extensão de rede para que a água chegue adequadamente a cada residência, nas duas aldeias, tanto na principal, quanto no assentamento um pouco abaixo, fazendo toda a rede de água com cavaletes, por uma tarifa de R$ 18 reais para um consumo até 20 mil litros por cada residência”.
Sander Barbosa, representante da Aldeia Água Bonita II (assentamento), relatou a satisfação que os moradores terão com o fornecimento de água tratada.
“É uma proposta muito boa, viável, que atende a demanda da comunidade, tendo em vista que grande parte está numa condição precária. Essa proposta agrega e traz alegria para a sociedade indígena em Campo Grande. No assentamento temos 138 famílias e mais 60 na Água Bonita I. Hoje ainda vivemos numa situação complicada, com mangueiras furadas, o que às vezes ocasiona falta de água”, ressaltou o indígena.
Além da presença das lideranças indígenas da Aldeia Água Bonita I e II, participaram da reunião o técnico administrativo Marcel Nakasato Okumoto, representado o Ministério Público da União (MPU), a indigenista da Fundação Nacional do Índio (Funai), Rebecca Dayanna Amarilha Albino, Sinara Minetto, do Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul (DSEI-MS) e a presidente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Mato Grosso do Sul (Consea/MS), Vânia Almeida.
Também participam da Comissão de Desenvolvimento Agrário, Assuntos Indígenas e Quilombolas os deputados Eduardo Rocha, presidente, Mara Caseiro, vice-presidente, Grazielle Machado e Renato Câmara.
Fonte: Ascom/ALMS