O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossiam (HUMAP-UFMS) e a Fundação do Câncer assinaram, na terça-feira (2), o convênio para a implantação de um Banco de Cordão Umbilical e Placentário em Campo Grande.
Há mais de um ano, a Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul levantou a discussão da necessidade da implantação de um Banco Público de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP), na Capital, por meio de audiências públicas.
O sangue do cordão umbilical é a porção do sangue que permanece na placenta e na veia umbilical após o parto. Pesquisadores descobriram que esse sangue é rico em células progenitoras hematopoiéticas utilizadas no transplante de medula óssea.
“Eu quero destacar a importância da Defensoria Pública nesse processo. Foram duas audiências públicas que trataram do assunto e que chamaram a atenção para a necessidade de se investir nesse projeto o quanto antes. O defensor público Nilton Marcelo de Camargo trouxe a discussão para as autoridades e para a própria comunidade. Há cinco anos já havia liberação de recursos públicos para esse investimento, mas só agora com a atuação da Defensoria isso foi possível”, enfatizou a superintendente do HUMAP, a médica Andréia Antoniolli.
Durante o evento de assinatura do convênio a superintendente explicou ainda que o Banco de Cordão Umbilical e Placentário é uma grande conquista para o Hospital, para a comunidade científica e para a sociedade como um todo.
“O próximo passo agora é a concepção do projeto arquitetônico, que deve demorar 90 dias”, disse.
O recurso para implantação do Banco no HUMAP, do BNDES, será de aproximadamente 7 milhões de reais.
Inicialmente a capacidade de armazenamento do Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário do HUMAP será de 3.600 bolsas de sangue, que ficarão guardadas em um bioarquivo.
Os materiais armazenados poderão ser utilizados no Mato Grosso do Sul, mas também em todo o Brasil e até enviados para outros países, através de parcerias da Rede BrasilCord.