Defensorias Públicas dos Estados se unem para dar celeridade aos processos de presos por todo o Brasil. O grupo “Defensoria Sem Fronteiras”, organizado pelo Conselho Nacional de Defensores Públicos-Gerais (Condege), reúne defensores públicos do país inteiro: é uma força tarefa de que trabalha, de forma voluntária, para fazer Justiça e dar continuidade aos processos parados.
Veja a aqui reportagem completa.
O Bom Dia Brasil teve acesso com exclusividade a um relatório da “Defensoria Sem Fronteiras” que analisou a situação de dois presídios emManause na Grande Natal, aqueles onde ocorreram massacres de presos no começo do ano.
Ricardo Batista Sousa - presidente do Condege
Em Manaus, os defensores analisaram quase cinco mil processos de presos das dez penitenciárias do Complexo Anísio Jobim. Em uma delas, o Compaj, que está fechada, 56 pessoas foram assassinadas em janeiro. O relatório descobriu que mais da metade não tinha nenhuma condenação. Eram presos provisórios.
Lá, 245 presos têm direito ao regime semiaberto ou à liberdade condicional, 1/4 do total. O relatório apontou que quatro presos que já tinham cumprido toda a pena em regime fechado permaneciam dentro do presídio.
Um deles, Alessandro Nery Praia, solteiro, 30 anos. Estava jurado de morte por ser filho de policial. Desde o ano passado já podia estar no regime semiaberto, mas acabou sendo uns dos primeiros a ser assassinado no Compaj. A Justiça nem chegou a analisar o caso dele.
Os defensores públicos também fizeram um levantamento da situação dos presos no Presídio de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, onde 26 presos foram mortos em uma rebelião no início do ano. O presídio está ocupado pela Força Nacional.
O Bom Dia Brasil encontrou presos absolvidos pela Justiça e famílias à procura de detentos que sumiram dentro do sistema carcerário.
Informações e fotos: G1